Reza a lenda que o nascimento do famoso Bibendum, o boneco da Michelin, aconteceu por acaso, em 1889, durante a exposição “Universal de Lyon”, quando Édouard Michelin comentou que um monte de pneus de bicicletas empilhados pareciam ter a forma de um homem. Só lhe faltavam os braços, terá comentado com o irmão André, que quatro anos mais tarde decidiu encomendar a mascote ao famoso artista O’Galop.
Com o passar dos anos, o boneco Michelin foi ganhando imagem cada vez mais moderna e humanizada. Presente em grande parte das comunicações da marca, o Bidendum conta com um registo impressionante de reconhecimentos e homenagens. até mesmo de Salvador Dalí. Mas algo nunca mudou em mais de 130 anos de história, a sua cor.
Mas por que razão o boneco da Michelin não é preto como os pneus, em vez de branco.
Na verdade, os primeiros pneus eram praticamente brancos, ou do tom muito claro da goma que sai das árvores que a produzem. E se os pneus da sua viatura mantivessem a cor natural seriam num branco ligeiramente amarelado (cor da borracha sintética).A cor preta deve-se a uma substância chamada “negro de carbono” ou “negro de fumo”, que melhora a resistência à tração.
O Bidendum tem afinal a cor certa
O motivo para que os pneus passassem a ser mais escuros foi um ingrediente que se adicionou à sua composição a partir de 1917. Trata-se do carvão, um material que resulta da combustão incompleta dos derivados do petróleo. Juntou-se a outros componentes para melhorar as propriedades dos pneus.
O preto do carvão representa entre 25 e 30% do material utilizado no fabrico dos pneus. Porque ajuda a repartir a temperatura e melhora a aderência dos pneus, estes também resistem melhor aos quilómetros.