Produzido em ‘dose’ limitada – apenas 40 exemplares –, o novo Bugatti Divo começará a ser entregue aos seus clientes a partir deste mês, com um preço de cinco milhões de euros cada um. Altamente personalizado, capaz de prestações elevadas e de exclusividade garantida, o Divo simboliza a experiência e competência da marca francesa ao longo dos seus 110 anos de existência, mas também representa o passo final de um processo de desenvolvimento que leva dois anos.

“O Divo marca o arranque de uma nova era para a Bugatti – a era da construção personalizada moderna. Com o Divo, criámos uma obra-de-arte altamente personalizada de execução automóvel que é obrigatória em qualquer coleção da Bugatti”, referiu Stephan Winkelmann, Presidente da Bugatti, referindo-se à expressão ‘coachbuilding’, ou seja, produção de veículos altamente personalizadas e repletas de detalhas únicos e exclusivos, que era prática comum na primeira metade da indústria automóvel.

Exemplo disso é o outro produto exclusivo da Bugatti, o histórico Type 57 SC Atlantic, um coupé com mais de 200 CV de potência e cuja produção foi limitada a apenas quatro exemplares.

Porém, em contraponto com o que se fazia antigamente, na era moderna do ‘coachbuilding’ também a vertente tecnológica e de chassis é trabalhada, com o Divo a receber um processo exaustivo de desenvolvimento por parte dos engenheiros da marca francesa. Por exemplo, com a velocidade limitada a 380 km/h (!), os engenheiros assumem que tomaram outras liberdades.

“Tomámos uma série de liberdades quando desenvolvemos o Divo porque limitámos a velocidade máxima a 380 km/h. Como resultado, fomos capazes de gerar mais carga aerodinâmica e transformar o Divo num modelo visual e tecnicamente independente”, referiu o vice-diretor de Design, Frank Heyl, tornando-se assim mais ágil.

Efetivamente, o Divo apresenta um visual mais desportivo, graças a laterais mais esguias e tomadas de ar diferentes para os travões e também no capot. Há ainda uma nova Aero Curtain, que melhora o efeito aerodinâmico do veículo a alta velocidade. Os faróis LED complementam este visual, com luzes diurnas em formato ‘boomerang’.

Na traseira, alguns dos componentes têm produção em 3D, como a grelha traseira, na qual estão incluídos os farolins também de efeito tridimensional e com complexidade elevada na sua conceção. No tejadilho, uma entrada de ar NACA associa-se com a ‘barbatana’ central e providencia ar suficiente para o motor W16 de 8.0 litros com 1500 CV de potência. Além disso, essa barbatana ‘guia’ o fluxo de ar para o grande spoiler traseiro de 1,83 metros de largura.

A marca destaca ainda a importância de ter sido o primeiro modelo produzido com recurso a ferramentas de desenvolvimento digital, como óculos de realidade virtual, entre outras tecnologias avançadas.

O novo hiperdesportivo gaulês recebeu o seu nome a partir de Albert Divo, piloto francês que representou as cores da marca durante alguns anos. Num período de 20 anos, Divo conquistou diversas vitórias, entre as quais seis triunfos em grandes prémios e dois na lendária Targa Florio.

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